Aviso aos navegantes

Tal como o Silva Nunes comunicou na onda “MUDANÇA DE BLOGUES”, foi criado um novo blogue, o “Água aberta … no OCeano II” cujo endereço é: http://blogueoc.blogspot.com/.

Este velho “Água aberta … no OCeano” congelou. Será mantido apenas como “arquivo”.

terça-feira, outubro 31, 2006

Finados

Nos dois dias que se aproximam, sugiro uma lembrança especial pelos nossos saudosos

Santos Roque
Sousa Pinto
Pereira Mergulhão
Queirós e Lima
Pereira Gonçalves
Almeida Joglar
Francisco Pina

Onde quer que estejam, saibam que os "OCeanos" não os esquecem.

Noite de Bruxas


Assinalando o dia das bruxas, com raízes nas civilizações celtas, em que se celebrava o encontro entre a estação da luz e a das trevas. O Papa Gregório III tratou de instituir o dia de Todos-os- Santos para substituir a festa pagã. Os irlandeses da América, em meados do século XIX,recomeçaram a celebrar esta velha tradição; depois veio o cinema, a televisão, a globalização e já cá está...

Bom dia OC!

Por qualquer razão que eu desconheço, três reis da nossa história resolveram nascer num dia 31 de Outubro.
O primeiro, D. Fernando, que nasceu em 1345, é um dos que merece a nomeação para o “SÓ NÃO PODE SER” como recompensa dos seus inultrapassáveis esforços em prol da anexação de Portugal por Castela.
O segundo, D. Duarte, veio ao mundo em 1391 e portou-se melhor do que o anterior. Teve o azar de ter sucumbido à peste, só tendo reinado cinco anos. Nesse curto período deu continuidade à expansão marítima mas estragou tudo quando resolveu meter-se por terra para conquistar Tânger o que, para além das muitas vidas perdidas, custou o cativeiro e depois a vida a seu irmão D. Fernando.
O terceiro é o bem mais recente D. Luís que nasceu em 1838. “Rei Marinheiro”, foi de facto o único rei que teve a honra de comandar navios da “Gloriosa”, sorte que deve ao facto de não ser o primogénito de sua mãe D. Maria II.
Alistou-se como Guarda-Marinha aos 13 anos e a sua meteórica carreira leva-o a ser promovido a Capitão-de-mar-e-guerra sete anos depois, o que até ao Machadinho deve causar inveja…
Comandou o brigue “Pedro Nunes” e as corvetas “Bartolomeu Dias” e “Estefânia” mas em 1861 a morte do seu irmão D. Pedro V leva-o a ter de deixar as lides navais para ocupar o trono.
Nos anos em que reinou foi matando as saudades do mar nos seus iates, o último dos quais, o “Sírius”, só relativamente há pouco tempo e já centenário teve direito à reforma no Pavilhão das Galeotas do nosso Museu, cuja fundação também se deve ao D. Luís.
Iate Sírius

Outra vez ela

Outra vez a criatura!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ele havia drs , engº , arq.º , Professor , Professor Doutor , Mãe que pariu , Mãe que não pariu (também há , e é por estas que se gera tudo isto) , bastonários ....

Mas ela , a sábia , pirosa como sempre , interrompia este , calava aquele , esclarecia aqueloutro....

Não há pachorra. É que não há pachorra

segunda-feira, outubro 30, 2006

Pela positiva

Hoje tivemos mais um magnífico Sol (fabuloso, como diria o Manel) e, desta vez, a um dia de semana ... deve ser para ajudar a aquecer os motores do Selva (que se enganou na casa das máquinas). Isto, de facto, só neste país (pela positiva, é claro). Se o nosso primeiro se lembra, qualquer dia passamos a pagar imposto pelo solinho ...


O pessoal continua na banhoca (a imagem é da praia do Tamariz) e até uma (meia) Lua, quase perfeita, compareceu à chamada (é verdade, é a Lua de dia, juro, eram aí umas quatro e meia da tarde, até tirei uma fotografia para servir de prova).

Como é que o Mário (Bafo d'onça) EP vai descalçar esta bota?
(PS: Espero que se lembrem da "estória")

(Para ampliar, "clicar" nas fotografias)

Bom dia OC!

 
D. Afonso IV
A última investida dos Reis de Granada e de Marrocos na Península Ibérica foi travada graças à derrota que, no dia 30 de Outubro de 1340, lhes foi infligida na Batalha do Salado pelos Reis D. Afonso IV de Portugal, Afonso XI de Castela e Pedro IV de Aragão.
Cristãos e muçulmanos defrontaram-se nas proximidades da ribeira do Salado, perto de Cádis, tendo sido determinante o apoio que D. Afonso IV e as forças portuguesas deram a Afonso XI de Castela.
Apoio dado por mar, através de uma frota que auxiliou a defesa de Tarifa, e sobretudo por terra com um exército comandado pelo próprio Rei. Isto, apesar de Afonso XI de Castela não andar nas boas graças do seu sogro D. Afonso IV devido à forma como enganava a filha, D. Maria, que tinha sido enviada para um convento para que Afonso XI pudesse desfrutar os amores de D. Leonor de Gusmão, a quem, naquela altura, já tinha feito sete filhos, tendo a pobre da D. Maria ficado apenas por um.

domingo, outubro 29, 2006

A Voz da Abita (na Reforma)

A pedido do Botelho Leal aqui vai um post que por engano foi parar ao blog do OC. No decorrer de uma acção de formadores com os professores do CNED criamos um blog que está a dar os primeiros passos.
Se quizerem por lá passar aqui vai o endereço:
http://aoleme.blogspot.com
Procurei ontem encontrar fotos dos primeiros tempos dos professores no CNED. Não encontrei quase nada e o que vi é, francamente, pouco expressivo e representativo desses tempos históricos.Mas há certamente fotos e histórias para contar.Fico à espera delas.

Recordar para aquecer os motores

Procurei ontem encontrar fotos dos primeiros tempos dos professores no CNED. Não encontrei quase nada e o que vi é, francamente, pouco expressivo e representativo desses tempos históricos.
Mas há certamente fotos e histórias para contar.
Fico à espera delas.

Bom dia OC!

No dia 29 de Outubro de 1969  foi  estabelecida  a  primeira  ligação entre dois computadores ligados a nodos do que viria a ser a ARPANET, rede do Departamento de Defesa dos EUA, que foi percursora da actual internet.
Esta ligação tinha também a novidade de utilizar um sistema de comutação de dados por pacotes (packet data switching) que permitia o seu encaminhamento para um determinado computador dentro de uma rede, substituindo a comutação de circuitos e possibilitando a expansão da rede de uma forma quase ilimitada.
Os dois primeiros nodos da ARPANET, que foram interligados no dia 29 de Outubro de 1969, situavam-se na UCLA — University of California, Los Angeles, e no Stanford Research Institute. No dia 5 de Dezembro de 1969, a rede passou a abranger também a University of California, Santa Barbara, e a University of Utah.
A internet, que a partir de 1984 substituiu a ARPANET, teve um crescimento explosivo, sobretudo a partir de 1992 com a introdução do world wide web, estimando-se que hoje tenha cerca de 1.090 milhões de utilizadores, ou seja, mais de 1/6 da população mundial.

sábado, outubro 28, 2006

Isto só neste país!

(Para ampliar,"clicar" na fotografia)

Praia da Azarujinha, S. João do Estoril, em 28 de Outubro pelas 5 e meia da tarde. Francamente! Isto só neste país!!!

Clarinho, clarinho ...

... que é para militar!!!

Ver um pedaço da opinião do jurista António Vitorino referente ao referendo sobre a IVG:

"Desde logo a constatação de facto de que estamos perante uma proposta moderada, cuja defesa não pode ser feita com base em argumentos absolutos. Estando em presença de dois direitos fundamentais (um o direito da mulher a decidir da procriação, outro o direito à vida do feto), a concordância prática destes direitos naquilo em que eles possam colidir tem que ser encontrada numa base razoável, em linha com o que são as soluções definidas na generalidade dos ordenamentos do nosso espaço político-cultural e nunca com base na afirmação de um direito absoluto à disposição do corpo que acabaria por justificar não apenas soluções equilibradas como a proposta mas antes soluções extremas. Soluções essas que não só não encontram acolhimento na generalidade das legislações vigentes como se traduziriam no sacrifício absoluto de um direito perante o outro fora do nosso quadro constitucional."

A opinião completa, publicada no Diário de Notícias de 27 de Outubro, pode ser lida aqui.

Bom dia OC!

 
Inauguração do caminho de ferro,
aguarela de Roque Gameiro
Há 150 anos, realizou-se a primeira viagem de comboio em Portugal. Durante a tarde do dia 28 de Outubro de 1856 saiu de Santa Apolónia um comboio que, percorrendo 36 km a uma vertiginosa velocidade média de quase 60 km/h, chegou 40 minutos depois ao Carregado. O regresso é que foi mais difícil, pois o comboio avariou e só chegou a altas horas a Lisboa.
Esta primeira linha de caminho de ferro, que alguns anos mais tarde conseguia chegar a Santarém, deve-se a Fontes Pereira Melo, Ministro das Obras Públicas do governo de Regeneração presidido pelo Duque de Saldanha, que tinha subido ao poder em 1851.
Estação de Santa Apolónia, no Cais dos Soldados, inaugurada em 1865

Velocidades


Os vários fornecedores de acessos à Internet apregoam grandes velocidades de ligação, de 4 Mbps, de 8 Mbps e mesmo de 20Mbps. Mas se lerem com atenção verificam que o que eles oferecem é velocidades "até" um determinado valor. Para quem não sabe aqui fica um "endereço" com um velocímetro que permite medir a real velocidade da vossa ligação ... preparem-se para algumas surpresas.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Bom dia OC!

No dia 27 de Outubro de 1949 foi anunciada a atribuição do Prémio Nobel da Medicina desse ano ao Professor Egas Moniz e ao neurofisiologista suíço Walter Rudolf Hess.
O Professor Egas Moniz foi laureado com o Prémio Nobel pela descoberta da importância que tinha a utilização da lobotomia pré-frontal no tratamento de determinadas psicoses.
Egas Moniz era desde 1911 professor na Faculdade de Medicina de Lisboa. Para além dos trabalhos no âmbito da neurocirurgia que lhe valeram o Prémio Nobel, descobriu e foi percursor na utilização de técnicas inovadoras de Angiografia Cerebral que permitiam a localização precisa de tumores, aneurismas, hemorragias e outras malformações cerebrais.
O Professor Egas Moniz era natural de Avanca, onde nasceu a 29 de Novembro de 1874. Morreu em Lisboa no dia 13 de Dezembro de 1955.

HEROIS DE TROIA

Este indivíduo anda sempre a pôr-se em bico de pé a falar dos bombeiros, dizendo sempre mal de tudo e toda a gente.

Não sei se já fez alguma coisa de útil na vida, mas porque não nomeiam o homem responsável máximo pelo SNBPC (será assim que se chama?), a ver se ele se cala ou fica a falar sozinho.

quinta-feira, outubro 26, 2006

MEMÓRIAS


Encontrei hoje quem não via desde sei lá quando....

O engº Artur Chaves Brandão . Lembram-se do Homem?

Eu estive com ele em Angola , mas já não recordo bem o que ele lá fazia nem em que comissão foi.~

Um gentleman , de bigodinho sempre aparado e não parava de falar.

Bons tempos!!!!!

Bom dia OC!

D. Miguel, que conseguiu reinar entre 1828 e 1834 por ter usurpado a coroa a sua sobrinha D. Maria II, nasceu no Palácio de Queluz em 26 de Outubro de 1802.
Muito provavelmente era filho da D. Carlota Joaquina. As más línguas duvidam é que fosse filho de D. João VI, pois o rei, antes do nascimento do D. Miguel, já não era visto próximo do quarto da D. Carlota há um bom par de anos. Quem nessa altura andava por lá, para além de moços da cavalariça da rainha, era o 6º Marquês de Marialva, D. Pedro José de Meneses Coutinho, a quem a rainha brindava com os favores do leito. Assim, tais más línguas sustentam que a paternidade era do Marquês, primeiro porque era chato o D. Miguel ser filho de um moço de cavalariça e em segundo lugar porque ele gostava de tourear e tal propensão tinha que vir de um Marialva…
Filho ou não de D. João VI, o que é certo é que D. Miguel, bem como o seu irmão D. Pedro, foram exímios na forma como deram continuidade ao descalabro em que o pai mergulhou o nosso pobre país. Acho que os três justificam e merecem plenamente a nomeação para o “SÓ NÃO PODE SER”.

quarta-feira, outubro 25, 2006

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO "PATRULHÃO"

3. OS DOCUMENTOS CONTRATUAIS


Os documentos que integram o contrato de construção dos Navios Patrulhas Oceânicos são os seguintes:

Designação N.º de Páginas
Corpo do Contrato 48
Anexo A – Inspecções, Testes e Provas – Corpo 11
Apêndice A 1
Apêndice B 1
Apêndice C 37
Apêndice D 9
Anexo B – Garantia Técnica e Logística 7
Anexo C – Cond. e Facil. de Apoio à Missão de Acompanhamento e Fiscalização (MAF) 3
Anexo D – Gestão do Contrato – Corpo 9
Apêndice 9
Anexo E – Planeamento do Projecto e das Construções 6
Anexo F – Controlo de Avanço de Obra 2
Anexo G – Penalidades 12
Anexo H – Cond. de Prestação de Serviços Finda a Garantia e Resp. Enquadramento 1
Apêndice A 5
Anexo I – Participação do Estado no Desenvolvimento de “Software” 1
Anexo J – Especificação do Projecto 47
Anexo L – Especificação Técnica Contratual
Grupo 000 – Geral 36
Grupo 100 – Estrutura do Casco 17
Grupo 200 – Instalação Propulsora 22
Apêndices 200A a 200E – Esquemas de Princípio 5
Grupo 300 – Instalação Eléctrica 39
Apêndice 300A – Esquema de Princípio 1
Apêndice 300B – Equip. Alimentados pelas UPS’s 1
Grupo 400 – Comando e Vigilância 94
Apêndice 400A – Capacidade do SGP 7
Grupo 500 – Sistemas Auxiliares 75
Apêndices 500A a 500N – Esquemas de Princípio 13
Grupo 600 – Aprestamento 72
Apêndice 600A – Facilidades de Aviação 12
Apêndice 600B – Material de Fornecimento do Adjudicatário 8
Apêndice 600C – Material dos Destacamentos LA 6
Grupo 700 – Armamento 11
Apêndice 700 A – Material de Fornecimento do Adjudicatário 1
Desenho 780/DE-000/010063 – Arranjo Geral (Estudo) 3
Anexo M – Especificação Logística Contratual 47
Apêndice A 5
Apêndice B – Informação Referente à Manutenção 2
Apêndice – Milestones 1
Anexo N – Material, Informação e Serviços de Fornecimento do Estado 8
Anexo O – Condições de Entrega e Recepção e Locais de Entrega 1
Anexo P – Classificação de Segurança 2
Anexo Q – Condições de Revisão de Preços 4
Anexo R – Condições de Fornecimento de Navios Seguintes (NPO) 2
Anexo S – Modelo de Garantis Bancária de Bom Cumprimento 2
Total 706

Adicionalmente são referidas, nos anexos ao contrato, 100 documentos tais como normas MIL, CEI, ISO, BS, STANAG’s, ANEP, DIN, documentos IMO, NAVSEA e NATO, cujos requisitos são igualmente aplicáveis. Admitindo, que cada estes documentos possuem, em média, 3 páginas, a totalidade dos documentos contratuais seria constituída por cerca de 1000 páginas. Interrogo-me:
1. Terá, pelo menos, um funcionário do empreiteiro lido e estudado, em pormenor, todos os documentos contratuais?
2. Terá algum dos membros da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização (MAF) deixado de ler e estudar, em pormenor, todos os documentos da respectiva área de responsabilidade?

Como aspectos mais relevantes do contrato, aponto os seguintes:
1. O objecto do contrato inclui a elaboração do NPO, a construção de 1 NPO (com a opção de um segundo navio, a qual foi exercida pelo Estado), o fornecimento do registo fotográfico da construção, provas e entrega e o fornecimento de bens e serviços de apoio logístico de base e de bordo.
2. O preço da totalidade de fornecimento foi de 101.869.396 €, compreendendo:
Projecto – 10.000.000 €;
Construção de dois navios – 64.840.000 €;
Fornecimentos de bens e serviços de apoio logístico, incluindo o registo fotográfico das construções – 14.420.192 €;
Ajustamentos máximos de preço – 11.600.801 €;
Encargos financeiros – 1.008.403 €.
3. Os prazos de entrega dos navios são os seguintes:
1º navio – 32 meses após a entrada em vigor do contrato (o qual ocorreu a 20 de Dezembro de 2002);
2º navio – 36 meses após a data de entrada em vigor do contrato, mas nunca antes de 4 meses após a entrega do 1º navio.
4. Os navios e respectivos subsistemas serem projectados e dimensionados por forma a permitir a obtenção da classificação, notações adicionais e correspondentes certificados da Sociedade de Classificação Det Norske Veritas (o que inclui a aprovação do projecto e a fiscalização da construção por esta entidade independente).

Em Janeiro de 2005, reconheceu o empreiteiro existir um atraso de 9 meses na entrega do 1º navio. Foi, assim, acordada uma 1ª alteração ao contrato, assinada em 10 de Março de 2005, alterando as entregas para as seguintes:
1º navio a ser entregue até 20 de Maio de 2006;
2º navio a ser entregue 45 meses após a data de entrada em vigor do contrato, mas nunca antes de 4 meses após a entrega do 1º navio.
Esta alteração ao contrato incluiu, também, alterações à extensão de fornecimento, orçamentadas pelo empreiteiro em 500.000 €, por navio, não tendo havido a aplicação de quaisquer multas nem alteração do valor do contrato.

Conforme é do nosso conhecimento, o 1º navio não foi ainda entregue. Desconheço se terá sido celebrada qualquer alteração adicional ao contrato.

No dia 15 de Dezembro de 2004, numa reunião entre a Marinha e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo foi afirmado pelos representantes da Marinha que a preocupação fundamental da Marinha era a qualidade final do produto navio, considerando, implicitamente, que o problema de atraso na entrega dos navios não seria tão importante. Na notícia do Diário de Notícias, de 29 de Junho de 2006 (referida pelo camarada Silva Nunes, no nosso Blogue, nesse dia às 2.22pm) é referido que o Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada teria afirmado que “prefere ter um navio bem feito e entregue mais tarde” do que o contrário. Admito que este tipo de afirmações possa influenciar muito negativamente, quer os membros da Missão de Acompanhamento e Fiscalização (na totalidade, gente de Marinha) quer os dirigentes e quadros dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo:
1. Aos primeiros levando-os a maximizar todos os requisitos (até para não se verificar a mínima observação negativa dos primeiros comandantes dos navios),
2. Aos segundos levando-os a satisfazer acriticamente todos os desejos dos membros da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização, sem questionar da respectiva fundamentação contratual (até por, eventualmente, desconhecerem os requisitos contratuais aplicáveis), uma vez que “os prazos de entrega não são importantes”.
No limite teríamos Navios Patrulhas Oceânicos infinitamente bem feitos, entregues num prazo infinitamente longo. Espero, sinceramente, que prevaleça um bocado de bom senso e as partes contratantes sejam capazes de produzir navios adequados à realização das tarefas de Interesse Público, decorrentes das missões da Marinha em tempo de paz, nas áreas de jurisdição ou responsabilidade nacional. E mais nada! E isto num prazo muito curto, pois as corvetas e os patrulhas classe “Cacine” estão a rebentar pelas costuras!

Não resisto a fazer um comentário final: nos dias 1 ou 2 de Março de 2000, durante a realização, no Instituto Superior Técnico, das 7ª Jornadas Técnicas de Engenharia Naval (numa iniciativa conjunta da Ordem dos Engenheiros e do Instituto Superior Técnico) afirmei, na apresentação de uma comunicação subordinada ao título “O Navio de Patrulha Oceânica – A Nova Aposta da Marinha” que o Navio de Patrulha Oceânica seria “um navio civil, pintado de cinzento”, tendo em vista a previsível simplicidade de concepção e de concretização, utilizando meios exclusivamente nacionais. Os navios contratados entre o Estado Português e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo não são, infelizmente, navios civis pintados de cinzento, mas sim, “navios militares desarmados”.

Mais uma vez andamos de gatas

De "O boletim da ASMIR" nº 103, com a devida vénia:

"As Associações de militares deslocaram-se à Assembleia da República para entregar o texto aprovado... pela ASMIR esteve presente o Presidente da Direcção (General Ferreira Pinto).

O Presidente da Ass. República, Dr. Jaime Gama, sendo profundo conhecedor dos problemas das Forças Armadas.... na sua longa explanação aceita que existem problemas que merecem a maior atenção, mas que conhecendo bem a formação e o espírito dos militares não compreende e critica a atitude que alguns militares têm tomado..... etc.

No final solicitou que em Setembro lhe fosse entregue um documento...."

Ou seja, as Associações que se intitulam representativas dos militares vão ao Parlamento, apanham uma monumental rabecada e uma lição de ética de todo o tamanho e às tantas ainda pediram desculpa. E vão lá voltar!!!!

SÓ FALTAVA ESTA

Este cavalheiro , depois de ter arruinado o futebol português , quer arranjar emprego na UEFA ou na FIFA.
O Michel Plattini já diz que , se fôr eleito , aproveita o homem.
Só não disse para quê , mas a gente imagina.
Desde que ele de cá saia rápido!!!!!!!!!!!!!!!!!!


OUT of Here

Bom dia OC!

No dia 25 de Outubro de 1147, D. Afonso Henriques e as suas forças entraram em Lisboa que se tinha rendido após um cerco de quase quatro meses.
Depois da conquista de Santarém, em Março de 1147, D. Afonso Henriques prosseguiu para Sul com o intuito de tomar Lisboa. Entretanto, uma armada de Cruzados que no caminho para a Terra Santa tinha feito escala no Douro foi convencida pelo Bispo do Porto a participar na conquista de Lisboa. Durante o mês de Junho as duas forças reuniram-se e iniciaram o cerco da cidade no dia 1 de Julho.
No início de Outubro, os trabalhos de sapa sob o alicerce da muralha tiveram sucesso, conseguindo abrir uma brecha que, em conjunto com uma torre móvel construída pelos sitiantes, foi enfraquecendo cada vez mais a resistência dos defensores muçulmanos, levando-os a capitular.
Foi aqui que o corneteiro do nosso rei estragou tudo…

Estratégia Nacional para o Mar

Foi hoje apresentada publicamente e fica aberta para discussão até 3 de Novembro, a Proposta de Estratégia Nacional para o Mar que andava a ser preparada pela estrutura de missão criada para o efeito. Pode ser lida e comentada nos sites www.mdn.gov.pt e www.emam.mdn.gov.pt/entrada.htm .
Aqui está uma boa oportunidade de os oceânos brilharem!

terça-feira, outubro 24, 2006

Alvo 1500


A petição sobre a Marina de Cascais já vai em mais de 1200 assinaturas. Parece-me estar hoje a perder velocidade nas adesões. Gostava que atingisse as 1500 assinaturas, para o que é preciso um esforço extra de divulgação. Assim, peço a quem aderiu que tente passar a mensagem a mais gente da sua lista de contactos; a quem não aderiu, que faça o mesmo...
Não esquecer que o endereço é: www.petitiononline.com/jnb/petition.html .

Bom dia OC!

Ramalho Ortigão, de seu nome completo José Duarte Ramalho Ortigão, nasceu no Porto há 170 anos.
Frequentou o curso de Direito da Universidade de Coimbra, sem o ter concluído. Foi professor no Colégio da Lapa, no Porto, de que o seu pai, Joaquim da Costa Ramalho Ortigão, era director.
Já aprendiz de escritor, veio em 1870 para Lisboa onde tinha conseguido um lugar como oficial da secretaria da Academia das Ciências.
Fez amizade com Eça de Queirós, com quem escreve em 1871 o romance policial “Mistério da estrada de Sintra”, editado em folhetins no Diário de Notícias, e começa a publicar “As Farpas”. Em 1872 Eça é nomeado cônsul em Havana e Ramalho Ortigão assume sozinho a publicação destes fascículos mensais.
Parceiro, embora distanciado, da Geração de 70, Ramalho Ortigão participou nas diversas polémicas literárias dos finais do século XIX, tendo ficado célebre a sua intervenção na chamada Questão Coimbrã, que opôs Antero de Quental a António Feliciano Castilho, o que lhe valeu ter de enfrentar Antero de Quental num duelo à espada, no qual ficou levemente ferido num pulso.
Ramalho Ortigão morreu em Lisboa no dia 27 de Setembro de 1915.

segunda-feira, outubro 23, 2006

APAADL



A DGV (quem não conhece?) entregou , do dinheiro que lhes damos :


875000€ para a Prevenção Rodoviária. Está certo

mas.......12000000€ a Instituições particulares , tais como ANTRAM (associação nacional de transportes de mercadorias) e a associação para o desenvolvimento da aerodinâmica.

Acabei neste momento de fundar a associação particular dos amigos dos automoveis de dois lugares , e vou candidatar-me a um subsidio de 50000€

NÓS , ...........O Pinho e o Guerra

Boa fé !!!

Hoje, in "Jornal de Negócios" (sem comentários):

"Perdão fiscal à banca

As Finanças perdoaram à banca o IRS e o IRC que o sector devia ter entregue nos cofres do Estado, a título de retenção na fonte, sobre os juros pagos a investidores em obrigações emitidas a partir de sucursais financeiras no exterior, avança hoje o Jornal de Negócios.
O perdão fiscal incide não só sobre o passado, mas também sobre os rendimentos de todas as emissões obrigacionistas que ocorram até 31 de Dezembro de 2006. Só a partir de Janeiro de 2007 é que o cumprimento da Lei passa a ser exigido. A justificação das Finanças para esta situação é que os bancos agiram de boa-fé quando não fizeram as referidas retenções.

Filomena Lança
filomenalanca@mediafin.pt
Elisabete Miranda
elisabetemiranda@mediafin.pt
"

domingo, outubro 22, 2006

Bom dia OC!

No dia 22 de Outubro de 1689 nasceu no Paço da Ribeira o futuro rei D. João V.
Filho de D. Pedro II, herdou o trono com 17 anos, tendo iniciado o reinado em 1 de Janeiro de 1707. Oito anos depois, teve a sorte de ver resolver-se a Guerra da Sucessão de Espanha de uma forma favorável para Portugal, já que viu reconhecida a soberania sobre o Amazonas e garantida a restituição da colónia do Sacramento.
Cognominado de “Magnânimo”, esbanjou muito do dinheiro que ainda vinha do Brasil para manter uma corte faustosa, numa fraca imitação de Luís XIV, “o Rei-Sol”. Não é assim de admirar que o país tenha entrado num período de dificuldades económicas, agravadas pelo contrabando do ouro do Brasil e pela crescente crise no império do Oriente.
Data do seu reinado a construção do Convento de Mafra, pomposamente inaugurado em 1744 pelo Papa Bento XIV, o que permitiu a D. João V receber do Papa, quatro anos mais tarde, o título de Sua Majestade Fidelíssima. Isto, apesar do rei ter um fraquinho por freiras, que lhe deram, pelo menos, três filhos bastardos, conhecidos por “Meninos de Palhavã”.
A construção do Aqueduto das Águas Livres data também do reinado de D. João V, embora ele pouco ou nada tenha contribuído para essa importante obra, pois deve-se à iniciativa do “procurador da cidade” Cláudio Gorgel do Amaral e ao financiamento pela população através de um imposto lançado sobre a carne, o vinho e o azeite consumidos em Lisboa. Também nessa altura, foram os “culpados” do consumo da água que tiveram de desembolsar…
D. João V morreu em Lisboa, no Paço da Ribeira, a 31 de Julho de 1750, estando sepultado no Mosteiro de S. Vicente de Fora.

sábado, outubro 21, 2006

ERSE

Será bom que vejam o comentário do Zé Mimoso ao meu "Herois de Troia" , ultimo , sobre a Entidade Reguladora do sector electrico.

E ainda melhor seria que um jornal visse isso e publicasse

E ainda melhor que os sindicatos fizessem para aí uma das costumadas berrarias

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Alto nível


Estive uma semana ausente e eis que deparo, na volta, com um blog activíssimo, com discussões de alto nível e com actualidade. Estou esmagado! Não sei se consigo acompanhar...
Para ilustar esta nova dinâmica e com votos para que continue, aqui fica uma imagem do Génio da Liberdade, que se encontra no alto da coluna da praça da Bastilha.

Bom dia OC!

Em especial para os “dragões”, pois acho que merece ser aqui recordado o José Maria Pedroto, o célebre “Zé do Boné”, que nasceu no dia 21 de Outubro de 1928 em Almacave, próximo de Lamego.
Começou a jogar aos 17 anos nos juniores do Leixões, passou pelo Lusitano de Vila Real de S. António, onde se estreou na 1ª Divisão na época de 1949-1950, esteve depois duas temporadas no Belenenses e finalmente foi contratado pelo Futebol Clube do Porto, onde jogou entre 1952 e 1960.
Como treinador, começou pelos juniores do Porto, passou pela Académica e pelo Leixões e em 1966 começa a treinar a equipe principal do Porto. Despedido em 1969, regressou às Antas em 1976, onde se manteve até 1980, voltando de novo em 1982. Pelo meio, para além da selecção nacional, treinou o Setúbal, o Boavista e o Guimarães.
Pedroto morreu no dia 8 de Janeiro de 1985.

sexta-feira, outubro 20, 2006

O CORNETEIRO DE D: AFONSO::::::::

Aqui está o Homem.

Apresentou-se agora mesmo , com guia da Assembleia da Republica

HEROIS DE TROIA

Jorge Vasconcelos

Margarida Correia de Aguiar

Vitor Silva Santos


Sabem quem são estes consumidores???

Os administradores da ERSE .

Sabem quanto ganham ????

Sabem quanto foram aumentados este ano?

O "Ministro" da Economia , disse hoje , tres horas atrás , que a proposta destes senhores lezava a economia nacional!!!!que prejudicava tudo e todos e não foi pensada!!!!

Mas eles lá ficam. Sentadinhos , caladinhos , á espera do aumento no fim do ano!!!

E os lucros da crise?

Gostei da muito pertinente e adequada análise do JBR sobre o pagamento da crise ... só me parece que ele não deu o devido realce a um aspecto que julgo também pertinente, os lucros da EDP.
Já no 1º trimestre deste ano os lucros cresceram 15%, englobando as quebras da espanhola Hidrocantábrico (73,6%) que mesmo assim teve resultados positivos de 11,5 milhões de euros. Recorde-se que a EDP apresentou em 2005 um lucro recorde de 1.071 milhões de euros, o mais elevado de sempre registado por uma empresa cotada portuguesa, o que deu para pagar 10 cêntimos por acção (+8,2% do que fora pago em 2004). Os lucros totais cresceram quase 300% em relação ao ano anterior.
Não seria pertinente e adequado que estes senhores também colaborassem no pagamento da "nossa" crise?
Caso ainda tenham paciência podem consultar este artigo do Público (onde até o Teixeira dos Santos considera os aumentos excessivos) para mais alguns números sobre esta matéria.
Para mim só há uma solução: seguir o conselho que segue!

Bom dia OC!

João de Barros, escritor, pedagogo e, sobretudo, um dos grandes historiadores dos Descobrimentos e da presença portuguesa no Oriente, morreu em Pombal no dia 20 de Outubro de 1570.
Terá nascido em Viseu por volta de 1496. Filho natural de Lopo de Barros, que foi corregedor no Alentejo, ficou órfão ainda muito novo. No entanto, dá-se bem com a corte onde foi acolhido como guarda-roupa do príncipe D. João, futuro D. João III.
Provavelmente, esta proximidade com o rei e também por ser considerado um homem honesto leva-o a ser nomeado em 1522 capitão da fortaleza de S. Jorge da Mina, em 1525 tesoureiro das Casas da Índia, Mina e Ceuta e em 1533 feitor das Casas da Guiné e das Índias, cargo que exerceu até 1567.
Em 1530 publica o seu primeiro livro, um romance de cavalaria que intitulou “Crónica do Imperador Clarimundo”, história de um antepassado legendário dos reis de Portugal.
A sua obra mais conhecida e mais importante são as “Décadas da Ásia”, cuja primeira parte foi publicada em 1552, seguindo-se um ano depois a segunda e dez anos mais tarde a terceira. João de Barros deixou a quarta parte incompleta, a qual terá sido concluída por João Baptista Lavanha e publicada em 1613.

A culpa é do corneteiro do D. Afonso Henriques

Aqui há uns anos (bastantes), o nosso camarada da FAP Brandão Ferreira escreveu um artigo no “Mais Alto” em que dizia (mais ou menos) que um grupo de sábios, preocupados com a situação do país, se tinha reunido (não sei se no Convento do Beato) para analisar as causas e tentar encontrar soluções.
Depois de grande debate, chegaram à conclusão que o culpado era o corneteiro do D. Afonso Henriques que, depois da conquista de Lisboa, tocou “a saque”. Entretanto, como foi morto por um mouro que tinha escapado à chacina, nunca mais ninguém tocou “a dar volta ao saque”.
Eh pá! Vejam lá se encontram um corneteiro que saiba tocar “a dar volta ao saque”…

QUEM PAGA A CRISE?

A propósito do aumento significativo das tarifas de electricidade que terão sido estabelecidas pela ERSE, Entidade Reguladora do Sector Eléctrico, para 2007 levantou-se grande burburinho dentro do nosso “blogue”, conduzindo a uma sobrepressão na caldeira (Ah! Nunca conseguirei ver-me livre da camada oleosa da década de sessenta do século passado!) que considero necessário, no seguimento das palavras sábias do nosso “penico”, reduzir através de uma explicação científica do fenómeno em discussão, que tentarei seja pertinente e adequada (até porque o nosso Temes se revelou um grande “flop” neste domínio de colaborações pertinentes e adequadas), o qual classificarei de “public governance” (estes termos de língua inglesa ajudam imenso à elevação pretendida).

Iniciarei o tratamento do tema, recordando uma conversa havida há 31 ou 32 anos (nos tempos do PREC, Processo Revolucionário Em Curso), entre mim e o reaccionário do “Grillo”, a uma janela da Nau de Pedra, enquanto testemunhávamos uma manifestação do proletariado urbano, a caminho da Praça do Comércio, S. Bento ou Belém (não me lembro precisamente o destino da “manif”), gritando, de punho erguido (o direito ou o esquerdo, conforme o tipo de filosofia política adoptado): “OS RICOS QUE PAGUEM A CRISE!”. Perante tais afirmações manifestou o “Grillo” o seu desacordo, defendendo quem devia pagar a crise eram os pobres por duas ordens de razões:
"1ª - Já estão habituados!"
"2ª - Sendo muitos, não se nota tanto!"

Assim, no tratamento do fenómeno começo por estabelecer o seguinte postulado: Quem paga sempre as crises são os pobres!

Seguidamente justificarei porque foram as tarifas de electricidade aumentadas tão significativamente:
1.Ninguém tem dúvidas de que é necessário o Estado proceder à redução do défice público para 3% do PIB (Produto Interno Bruto);
2. Uma forma de o alcançar tal objectivo consiste em aumentar o PIB, seja através do aumento do consumo interno, seja através do aumento das exportações, sendo a primeira das soluções defeituosa e a segunda virtuosa;
3. Queixam-se as empresas exportadoras que os elevados custos da energia eléctrica tornam os seus produtos menos competitivos e têm insistido junto dos órgãos do Estado na necessidade da sua redução para, assim, aumentarem ainda mais as exportações e ajudarem a reduzir o défice. Para permitir tal redução aos consumidores industriais, torna-se necessário aumentar as tarifas aplicáveis aos consumidores domésticos (nós, os pobres!).
4. Adicionalmente, o Estado assumiu o compromisso de, para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) e o aquecimento global, resultante da emissão de CO2, alcançar até 2012 (se não estou em erro) uma percentagem significativa de incorporação de energias renováveis (hídrica, eólica, das ondas, foto-voltaica, hidrogénio, bio-massa e bio-diesel). Como o preço da electricidade produzida por estes meios é mais elevado do que aquela que é produzida por recurso a combustíveis fosseis, o Estado tem que subsidiar os respectivos produtores. Com o aumento das tarifas da electricidade, o subsídio aos produtores será, naturalmente, menor (conduzindo a um menor défice, por redução da despesa pública).
5. Finalmente, como deve ser praticamente impossível reduzir o défice através de uma redução significativa das despesas públicas, pois que a sua componente principal reside em gastos com os quase 800.000 funcionários e as duas formas de reduzir tal despesa são socialmente inaceitáveis, nomeadamente:
a) Reduzir 25% das remunerações do todos os funcionários ou,
b) Reduzir 25% de todos os funcionários, através por exemplo, da sua eliminação (no Campo Pequeno, como sugerido durante o PREC, relativamente aos reaccionários, agora que o Campo Pequeno foi recuperado, ou nos magníficos estádios construídos para o EURO 2004 e agora praticamente sem utilização), restará ao Estado alienar, uma vez mais, património, nomeadamente vendendo a EDP e a REN, maximizando o respectivo encaixe. Para tal é essencial que estas empresas apresentam lucros e dividendos muito elevados, por forma a garantir que os investidores institucionais (vá-se lá saber quem são) paguem um bom preço pelas acções destas empresas.

Perceberam ou querem que eu volte a explicar?
É, ou não, este texto pertinente e adequado?
Quem paga a crise, quem é?

quinta-feira, outubro 19, 2006

HEROIS DE TROIA


O que faz esta criatura "ainda" no Governo?

Continuando a falar a sério

Sabem os camaradas "OCeânicos" que este Blog é um espaço aberto a todos aqueles que responderam à chamada para nele colaborar e intervir de pleno direito.
Não há, nem nunca poderia haver, qualquer forma de censura, quer prévia quer "à posteriori". Como corolário, a responsabilidade das "ondas" e comentários é exclusiva dos seus autores.
Mas, e há sempre um mas, é suposto cada um ter sido alvo da distribuição de bom senso pelo Criador, que lhe permita ver onde a sua liberdade de expressão pode começar a colidir com o sentir e dignidade dos outros.
Meu caro FP: nem nos consideramos, apesar de poucos, maus e profundamente ridículos, nem parece ter vindo a ser este um espaço de afirmações eivadas de sectarismos políticos, nem plateia de choros e pragas, etc. etc.
Passa sim este espaço, e isso cabe no nosso editorial se assim se lhe pode chamar, por ser também uma tribuna de crítica útil e elevada à sociedade, como dizes e muito bem e pelo mais que afirmas no teu penúltimo parágrafo.
Tudo se pode discutir com elevação e dignidade.
Aceita isto não como um princípio de polemização mas antes, com um abraço amigo, como tentativa de explorar e cimentar o que nos une e evitar formas de expressão que arrisquem provocar possíveis "desentendimentos" não desejáveis entre nós.
Isto o fruto de conversa rápida e informal com alguns "bloguistas OCeânicos" e que não passa da expressão de um sentir favorável à nossa amizade e camaradagem.

Vamos lá falar a sério

Em tempos de Durão, Santana e Portas estávamos todos de acordo que a rebaldaria não podia continuar, e que duras reformas seriam necessárias, urgentes e inevitáveis.
Porém, poucos, maus e profundamente ridiculos, sempre esperámos que tudo nos passasse ao lado e que tudo mudasse ...para continuar na mesma, e alegremente irmos ao fundo.
Não faço a apologia dos métodos do Governo nem me arrogo a dizer que não faz asneiras.
Mas qual a alternativa face ao anteriormente demonstrado e ao estado a que as coisas chegaram?
Custa-me ter lido neste blog afirmações eivadas de sectarismo politico e ver tornar-se este blog uma plateia de choros e pragas, politicamente falando.
Custa-me ler desafios perguntando aos outros das suas convicções, com ar acusatótios (ou inquisitório?)
Custa-me o pessimismo de velhos e o derrotismo de vencidos da vida.
Uma critica à sociedade em que vivemos, aos seus (des)principios e á sua (in)cultura será sempre mais util e elevada, e tal também tem sido feito aqui e de um modo sublime e efectivo. É para isso que apelo e não para outros caminhos mais fáceis, que somos sempre tentados a seguir.
Uma coisa é criticar, olhar e seguir em frente, e outra é destruir por destruir, diletantemente, criticando só que tudo continue na mesma, dentro de mais uma feira de vaidades.
Uff! Fiquei cansado, mas desabafei. Agora, "é fartar vilanagem"...

Bom dia OC!

Pouca coisa há para assinalar neste dia 19 de Outubro. Para que a data não fique em branco, lembro um acontecimento que deve ser caro aos nossos vizinhos espanhóis, já que está na origem da própria Espanha.
No dia 19 de Outubro de 1469, Isabel de Castela, bisneta do nosso D. João I, casou com Fernando de Aragão, o que possibilitou a posterior junção dos dois reinos, modificando o equilíbrio de poder na Península Ibérica numa época em que Portugal se projectava através do Atlântico Sul a caminho da Índia.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Caso de polícia


O caso de polícia relatado pelo Fernão e relacionado com o "ligeiro" aumento da electricidade foi rapidamente resolvido. O Secretário de Estado Adjunto, da Indústria e da Inovação (?), António Castro Guerra de seu nome, diz (ouvido esta manhã na TSF) que os culpados são os consumidores que durante anos não pagaram o que deviam. Também acho ... e acho que devem ir todos para a "choça" (afinal são só cerca de 5,5 milhões de caloteiros). Os dirigentes que orientam o sector, os políticos que o manipulam e os gestores que o conduzem devem ser todos louvados e premiados (talvez mais uma pensãozinha milionária). Abençoado Governo que tem a felicidade de possuir membros desta categoria.

Bom dia OC!

No dia 18 de Outubro de 1739, António José da Silva, “O Judeu”, por decisão do tribunal da Inquisição, foi queimado em Lisboa num auto de fé, acusado de actividades judaizantes.
António José da Silva tinha nascido no Rio de Janeiro em 8 de Maio de 1705. Oriundo de uma família de cristãos-novos que se tinha refugiado no Brasil, vem para Portugal aos oitos anos de idade porque a mãe tinha sido acusada e devia ser julgada pela Inquisição.
Autor de comédias com trechos musicais destinadas sobretudo ao teatro de bonifrates ou de marionetas, é plenamente reconhecida a sua influência no teatro português, sendo justamente considerado o nosso mais representativo autor dramático da primeira metade do séc. XVIII. O título de uma das suas peças, “Guerras do Alecrim e da Manjerona”, converteu-se mesmo numa expressão popular.
Morreu aos 34 anos, vítima do obscurantismo imposto pelo todo poderoso Santo Ofício.

COISAS A VER ; LER; OUVIR; PROVAR 4


Imaginem.


Quem diria que esta senhora se está a tornar numa grande

actriz.

Vão por mim...e gravem o nome : Ana Brito e Cunha (será alguma

coisa ao António ? )

terça-feira, outubro 17, 2006

SÓ NÃO PODE SER......



Completando a noticia anterior do "Fernão".

Este mandou o comunismo para as urtigas , os camaradas para outro sítio

e fez-se foi ao bife , que ele é bem bom. Neste caso aos hermanos buenos.

E , sem vergonha na cara , continua deputado...e a receber , claro.

ELECTRICIDADE

Para quem anda mais distraído, recordo que a electricidade vai aumentar 15% antes de ser privatizada a totalidade da EDP e REN a mando dos futuros donos, os espanhóis, que, há cerca de um ano, recusaram a compra enquanto não fossem substancialmente aumentados os preços.
Não se trata do mercado capitalista a funcionar, nem de capitalismo selvagem, trata-se de um grupo de gatunos que estão a vender propriedade alheia, que por acaso é das mais rentáveis, 900 milhões de dividendos distrbuidos. Isto é um caso de polícia não de política ou de economia. O comandante da operação, para além do Governo, é o Pina Moura que continua a ser deputado, para nossa vergonha.

A Lei e o Parecer

Não é meu, e desconheço quem seja o Autor. Enviaram-mo tal qual como está, mas achei que estava muito bem pensado e escrito.



A LEI E O PARECER

Estava a lei acabada de fazer
a despedir-se do legislador,
chegou-se-lhe ao pé o parecer
logo armado em conquistador.
Então esses parágrafos como vão?»
Perguntou ele com jeito sedutor.
- «Ai vão para aqui numa confusão!»
Disse a letra com virginal pudor.
- «Deixe isso comigo». E num instante
sacou os Ray-Ban... Quando sorriu,
fê-lo com um olhar tão interpretante
que o fecho éclair da letra se lhe abriu.
Com a ratio legis toda à mostra
o parecer não podia resistir,
e toda a hermenêutica foi suposta
no que o espírito podia consentir.
Explorou-lhe o sentido mais extenso
que o elemento literal lhe permitia;
ensaiou o «a contrario sensu»
e chegou a arriscar na analogia.
Aplicou-lhe a maioria de razão
dilatando-lhe o implícito contingente,
de tal forma que, toda a enunciação,
se abriu co-normativa de repente.
Todos os sentidos que a lei assim mostrou
recortaram um quadro tão sugestivo
que, mal os considerandos antegozou
logo se lhe arqueou o remate conclusivo.
O parecer ficou exausto depois disto...
mas parecia um relatório tão contente
que se diria à secretária dum ministro
fundamentando tudo, garboso e fluente.
Da primitiva lei, ficaram só sinais
duma singela referência histórica;
mas dos três parágrafos originais
temos agora cem páginas de retórica.
É assim que a doutrina consolida as fontes
aligeirando-as da virtude presumida
mas dando alcance aos curtos horizontes
com que o apressado autor as manda à vida

Bom dia OC!

A Feira Mundial de Nova York fechou as portas no dia 17 de Outubro de 1965.
A sua abertura tinha sido no dia 22 de Abril de 1964.
O ponto alto da Feira, unanimemente assinalado em todas as crónicas que sobre ela foram escritas, foi o dia 18 de Julho de 1964, em que um numeroso grupo de Cadetes do “OC” a honrou com a sua visita…

OS SAPATOS CASTANHOS

Em 1960, instigado pelo Brito Subtil e o Xico Rosado e por um sonho de azul, decidi ser Oficial de Marinha.

Nada sabia de mar, escutando António Nobre nas rochas da praia da Boa Nova, excepto os maravilhosos desenhos de navios do Subtil e de ter visto, e invejado, valha a verdade, o António Brito e Cunha fardado de azul, com imensos dourados, rodeado de meninas num baile do “Club Portuense”.

Via e ouvia o Mar, na Póvoa, em Espinho e na Foz do Douro, alcançava a vista numa curiosa figura do Porto, o Tenente da brigada naval Gonçalo Guilhomil, fardado com mil condecorações (creio hoje que de beneficência), e tinha uma admiração, quase veneração, por um Almirante…… Nuno de Brion, de seu nome. Não sei porquê, pois nem imaginava o que o Senhor havia feito, mas recordava-o como “escort Officer” de Sua Majestade, a rainha Isabel, com toda a majestade da sua estatura, do seu porte, da sua elegância, da sua educação. Ele era, para mim, miúdo, a Marinha, ainda melhor, a Armada (e se o tivesse visto a entrar o Sado a alta velocidade num Destroyer, como houve quem visse, ainda certamente, mais valor lhe daria).

— Curiosamente, e muitos e muitos anos mais tarde, vim a ser bom Amigo de uma sua neta, a Isabel. Contei-lhe esta história, com os pontos acrescentados que uma história destas merece, e depois, um dia, e ainda mais anos passados, recebi de presente, ou de dádiva, o bicórneo e as dragonas do Senhor Almirante. Nunca com ele servi, só com ele entrei numa lenda, mas fiquei com o espólio da sua recordação na minha imagem.

Meu Pai fora Oficial do Exército, mas meteu-se nas cavalarias da Monarquia do Norte, servindo ainda de cueiros de Alferes saído da Escola de Guerra, com os Generais João de Almeida e Paiva Couceiro, e, depois de Chaves, foi ferido, preso, derrotado, exilado… e finalmente perdoado, mas não honrado, creio eu. Mereceu, desta galopada de ilusão e do exílio em Paris, somente o ter conhecido minha Mãe, que por aí vivia por opção, penso que cultural, da Senhora minha Avó.

Quando, nos jardins de nossa casa, lhe manifestei a minha intenção, não com muita convicção confesso, deparei-me com uma imensa alegria, um brilho nos seus olhos profundos que nunca antes vira e, arrematando, um engasgado… OBRIGADO. Rendido comuniquei a toda a gente.

Eu ia ser oficial de Marinha.

Só que em Junho, no Colégio Militar, enquanto os outros partiram alegremente para férias e preparavam a sua entrada nos vários destinos dos seus berços de vida, o meu professor de Ciências, que já me havia rogado pela pele anos atrás, finalmente resolveu chumbar-me. Não lhe guardei, nem guardo, qualquer rancor, excepto esquecer-lhe o nome, pois ele nunca imaginou que me iria fazer perder, ingloriamente, pelo menos um ano na minha carreira e, quiçá, modificar todo o meu futuro.

E modificou.

Seguiram para a Armada, e felizmente todos entraram, o Brito Subtil, o Manel Novais, o Xico Rosado, o Costa e Sousa, o Moreira Freire, o Jorge Soares (que Deus guarde), o Barbosa Alves e o Paulo Tavares da Silva. Anos depois, e não sei o porquê, entrou o Carrasco.

— Curiosamente, e muitos e muitos anos mais tarde, fardaram-se com o botão de âncora da Briosa, e para fazer o serviço militar, nessa excelente experiência e escola (tão mal aproveitada posteriormente pela Marinha) que foi a Reserva Naval, o Pedro Lynce, o Manel Abecasis, o Francisco Barreto Caldeira (que Deus lá tem), o Manel Caldeira Pinto, o Nuno Bello e o Júlio Malhou da Costa.

Eu tinha assim de vir à “feira da luz” em Outubro e os exames de admissão, ou pelo menos a entrega da candidatura, eram anteriores.

Pensei, e outras pessoas por mim, só que “nortenhas” e com pouca ou nenhuma influência em Lisboa (leia-se cunha), que o problema seria de simples resolução. Uma exposição-requerimento solicitando a condicionalidade da prestação de provas.

Parecia lógico, simples, legal.

Fiz um requerimento ao Ministro (Alm. Fernando Quintanilha de Mendonça Dias), que ainda mostrei a um tal Comandante Athaíde, do Instituto Hidrográfico, ali no Arsenal de Marinha na baixa ribeirinha, que alguém conhecia, num fim de tarde, com horas de espera e esperança.

— Curiosamente, e muitos e muitos anos antes, meu Avô havia tido, em Vila Real, sua terra e berço, uma querela política, com o Pai de sua Excelência o Ministro, disputa essa que até meteu volantes e pasquins, em escrita corrente, tendo sobressaído uma “catilinária” que o meu ilustre antecessor titulou de “Ao Quimcanalhas e Meia Onça”, fazendo, obviamente blague dura com o nome de seu opositor.

Um dia sou chamado ao 1º Ten. Alvarenga, do Gabinete Ministerial, que me apresenta o despacho de SEXA… indeferido. Assim mesmo, com letra pequena e tudo. Nem Athaíde nem nada. Só o “desanda gaiato, que isto não é para espertos”.

Afinal nada havia sido lógico, simples e legal.

Regressei ao Porto, no correio da noite, triste e humilhado, desistente.

Mas eu era muito novo, o penúltimo do ano (com o Basílio Horta, pois nascemos no mesmo dia, mês e ano), e perder um ano não seria certamente um drama.

Mas, se calhar foi, em termos de carreira, digo eu, ou de fado, diz a guitarra que trina e por vezes acerta.

Concorri a medicina e, felizmente, chumbei, na oral de botânica, convidado a terminar o interrogatório pelo Prof. Doutor, furioso com a minha resposta, completamente sincera, de que a função primária da flor era…… ornamentar.

— Curiosamente, e, desta vez nesse mesmo dia, meu Pai, um velho e fino trovador de bom perder, enviou-lhe a casa um magnifico ramo de impressionantes begónias, com um cavalheiresco cartão, confirmando o tão simpático papel ornamental, e tão apreciado, da flor.

Que interessava a resposta científica, se o que conta é a resposta da vida.

Assim quis Deus.

Fiz o “7º ano de letras”, no Colégio Almeida Garrett, onde aprendi coisas maravilhosas da nossa literatura, relembrei o latim que tive no Colégio Militar, essa língua de estímulo mental, como a matemática, e me preparei para poder seguir uma carreira nessa área, talvez direito. Mas não!!!!

Lembro-me que estava a fazer a oral de uma cadeira destas, já com o bilhete de avião no bolso para no Alfeite iniciar as provas de admissão à Naval. Era persistência, seria o fado?

Lá vim, já encontrando na mancebia alguns jovens do Colégio do ano posterior ao meu, e o “Finta” (Lobo de Oliveira), que Deus também tenha, de um curso anterior.

— Seu Pai, Carlos Lobo de Oliveira, excelente poeta, havia sido bom amigo e companheiro do meu.

Provinciano, embora com o desenrascado de um anterior internato e com a presumível protecção da malta do “Asilo” (como na Marinha, os menos dotados chamavam aos ex-alunos do Colégio), lá percorri o Hospital, a Escola, os campos de desporto, os psicotécnicos e fui conhecendo gente. Foram-se formando grupos, maiores e depois mais pequenos, até que se começa a conviver cá fora, em encontros primeiro antes da partida da “vedeta”, e depois nas tardes livres ou nas noites mais chegadas. São os primeiros Amigos. Recordo desse grupo, e só pecarei por omissão, o Zé Luis Cardoso, o João Aires Martins, o António Bettencourt, o Carvalho de Almeida, o Cancela, o Caroço, o Xico Duarte Lima… e que me perdoem os esquecidos.

Parávamos no Martinho, imitando Pessoa, comendo uma sandwich (era assim que se dizia) de presunto fino com manteiga, debaixo daquelas arcadas soberbas em maravilhosa luz de Outubro, ou na Gambrinus, pobres de canto de barra, pedindo modestamente uma assombrosa sandwich de paté com pickle, ou, já mais raro porque o dinheiro era pouco, no Leão de Ouro, numa pequena saladinha de lagosta com molho da casa.

De se chorar.

Até que um dia, ou melhor uma noite, aventurámo-nos no teatro, por enorme insistência minha, numa peça do Morgado no velho Monumental. Actuava, com aquela sua graça e voz próprias e permanente necessidade de não se parecer com o Pai, o Henrique Santana, desempenhando a personagem de Gustavo de Vaubricourt.

Vaubricourt, Bettencourt e, para quem nada tem que fazer a não ser passear por essa Lisboa linda de Outono, esperando nota de exame, foi “crismado”, e para sempre, o nosso bom António João Neves Bettencourt que passou a ser “O Gustavo”. E ainda é. E será.

Mas um dia lá veio em que nos anunciaram quem ficava e quem partia (o Temes concorreu connosco?) e no dia 7 de Outubro (digo eu) de 1961, subi a escadaria da Escola Naval, comandada por um sujeito que raramente vi (Comodoro Laurindo dos Santos), pois era o tempo em que os Almirantes, os verdadeiros, chegavam às 11 e partiam às 15, e muito bem.

Mas desta vez, quem meteu um requerimento igual ao que entreguei no passado ano, para fazer as provas condicionais, teve um Athaíde, e conseguiu, e bem, o lógico, o simples, o legal. Ou não teve Athaíde nenhum e, simplesmente, o Ministro reconsiderou, e achou que tinha sido injusto e repôs o que devia repor.

Não me pediu desculpa. Mas 45 anos depois, também não tem mal.

Subi as escadas que me fizeram a vida, me deram a forma de estar e a espada da verticalidade. Felizmente nunca as desci, pois pude ficar lá no alto, com os valores que aprendi.

Mal entrámos, vi imensos jovens, fardados com umas calças e blusão azuis, todos iguais, ou quase.

Invejei, nesse dia, os sapatos castanhos do Azevedo Soares. Nós já não chegámos a tempo de os usar.

Um abraço Amigos
Manuel Pinto Machado

SÓ NÃO PODE SER......


Acham que eu deixava escapar esta?????

segunda-feira, outubro 16, 2006

Aniversário do Blog

Privado de computador, que deu o berro e está a ver se tem conserto, sinto-me no deserto.
Só hoje tive possibilidade de, noutro, pôr a vista em cima dos últimos desenvolvimentos Oceânicos.
Passei o aniversário do dia 13 sem dele me ter lembrado. Indesculpável!
A minha homenagem ao Jota, SN,FB, MPM, FP, JBR, BM, BM e a todos os outros (que me desculpem ne não verem aqui referidos os nomes) que lhe têm animado a vida.
Voltando à "Lobera", não foi falta de lembrança a não referência ao cavalo. Não sabia se constituia trauma, passados embora tantos anos... Vejo com satisfação que não.
Esperando voltar em breve a este convívio (pelo menos visual, dado que confesso sofrer dessa doença maldita invocada pelo Jota), aqui deixo um grande abraço para todos os Pais e Tutores desta criança.

E este? Pode?

Bom dia OC!

No dia 16 de Outubro de 1978, Karol Józef Wojtyła, Arcebispo de Carcóvia, foi eleito Papa.
Com esta surpreendente eleição de um Papa não italiano, o que não acontecia há mais de 400 anos, iniciava-se um dos Pontificados mais longos e talvez um dos mais marcantes da história da Igreja Católica.
Foi um Pontificado que foi marcado desde o início pelo enorme carisma de João Paulo II. A influência que exerceu nos primeiros 10 anos, sobretudo na sua Polónia natal, contribuiu decisivamente para o posterior desmoronamento do bloco soviético. E ao longo dos mais de 26 anos que se seguiram à sua eleição, João Paulo II evangelizou e abriu a Igreja Católica ao mundo exterior. Talvez não tanto quanto alguns gostariam mas, mesmo assim, foram dados importantes passos, nomeadamente no âmbito do diálogo com as outras grandes religiões monoteístas e no que toca à renovação da doutrina.
Karol Wojtyła nasceu em Wadowice no dia 18 de Maio de 1920 e faleceu no dia 2 de Abril de 2005.

ATÉ que enfim....


Eh , pá ...até que enfim , que alguém concorda comigo!!!!!!!!!!

E não é qualquer um .

É o Sr. Rui Santos da SIC , um homem que sabe de futebol.

Diz ele que não tira o mérito ao brasileiro (que saca mais de 150000 / mês só a olhar ) no balneário e a conduzir a cambada da opinião publica com bandeirinhas e cache-cois....mas de futebol o saca euros€ ... não percebe nada....raspas.

Que felicidade ouvir isto...agora mesmo

SÓ NÃO PODE SER......


Esta é pelo Fernando Fuzeta e estamos de acordo


Só que peço ao pessoal todo para ...entrar nesta onda.

É giro , porra ...e ninguém vai preso

domingo, outubro 15, 2006

SÓ NÃO PODE SER......~1



Concurso paralelo com a RTP1

Colaborem todos (ninguém vai preso...)

Todos podem ser o melhor Português(a) de todos os tempos , excepto:...

Eu começo já:

Maria Elisa.....essa coisa...

O outro lado das medalhas

Sou fã incondicional desta enormíssima atleta (Vanessa Fernandes). Tenho seguido a sua carreira, do melhor que alguma vez tivemos ao mais alto nível. Para atingir este patamar torna-se necessário receber uma herança genética adequada e ter uma competente e dedicada equipa de preparação e apoio ( no caso: Sérgio Santos, António Jourdan e Bruno Salvador). Mas o fundamental é o talento da própria Vanessa, a sua invulgar capacidade de trabalho e o seu extraordinário espírito de sacrifício, vontade inabalável e tremenda disciplina. Em artigo recentemente publicado num semanário (a Única do Expresso) fiquei a saber mais alguns detalhes. Reside no Centro de Alto Rendimento da Cruz Quebrada, no complexo do Jamor. Em período de treinos, que só abrandam em vésperas de grandes competições, levanta-se às 0530 e às 0600 vai para a piscina. Após uns momentos de recuperação e ginásio, seguem-se as sessões de corrida, por volta das 1030, com uma parte inicial a rolar e depois 10 voltas de 400 metros cronometradas. Ao fim da tarde é a bicicleta que paga as favas e é obrigada a circular durante mais de duas horas. Nos intervalos toma as refeições e submete-se a indispensáveis massagens. De assinalar também que a "recuperação das competições é feita à força de banhos frios, numa banheira de água e gelo, digna de câmara de tortura" (dizem que é a melhor forma de tratar as micro-roturas musculares). A este regime espartano, que se prolonga semana após semana (já lá vão sete anos de dedicação exclusiva ao triatlo), corresponde a liderança no "ranking" mundial do triatlo, 18 medalhas de ouro (12 vitórias consecutivas em etapas da Taçado Mundo, a última das quais em Pequim) e 6 títulos europeus (3 de juniores+3 de seniores). Falta-lhe o título mundial (é apenas (!) vice-campeã) e uma medalha olímpica (será a de ouro em Pequim?). Resta dizer que esta "miúda" de 21 anos mostra, além de uma grande maturidade, uma serenidade emocional perante os êxitos absolutamente notável. Apenas um senão, parece que não gosta de ler: "só li dois livros na vida: o Código Da Vinci e o que Armstrong escreveu". Vá lá, podia ser pior. Tenho a certeza que também esta faceta mudará.
Boa sorte Vanessa!

Bom dia OC!

Agustina Bessa-Luís, nasceu há 84 anos em Vila-Meã, perto de Amarante.
Tem sido uma vida quase toda dedicada à escrita, pois o seu primeiro romance, que não chegou a ser publicado, foi escrito aos 16 anos.
Depois de ter estudado no Colégio das Doroteias da Póvoa do Varzim, foi para Coimbra onde viveu até 1948, ano em que publica a novela “Mundo Fechado”, bem acolhida por importantes nomes das letras, como Aquilino Ribeiro e Teixeira de Pascoaes.
Passou a residir no Porto a partir de 1950 onde publica, ainda nesse ano, “Os Super-Homens”. Três anos mais tarde surge o seu primeiro sucesso com o romance “A Sibila”, ao qual foi atribuído em 1953 o Prémio Delfim Guimarães e no ano seguinte o Prémio Eça de Queiroz.
Agustina já publicou mais de meia centena de obras que lhe valeram inúmeros prémios literários, entre os quais o Prémio Camões em 2004. O seu último livro é “Fama e Segredo da História de Portugal”, editado no passado mês de Abril.

sábado, outubro 14, 2006

Bom dia OC!

No dia 14 de Outubro de 1947, um avião experimental X-1 da Força Aérea dos E.U.A, pilotado pelo Cap. “Chuck” Yeager, ultrapassou pela primeira vez a barreira do som em voo horizontal, tendo atingido a velocidade de Mach 1,06 (1.127 km/h) a uma altitude de 13.000 metros.
O X-1, que actualmente está exposto no “Smithsonian National Air and Space Museum”, era propulsionado por um motor de reacção que tinha uma autonomia de apenas 5 minutos e era lançado a partir de um avião B-29 que o levava, acoplado, até a uma altitude de 7.000 metros.

SOLDADO DESCONHECIDO


Parece que falou