Sugeriu-me o dono do blog que comentasse uma notícia sobre o tema em epígrafe, publicada no Correio da Manhã do passado dia 13 (se não estou em erro), informando que teve lugar a publicação no Diário da República, julgo que da 2ª feira, dia 8, de um despacho assinado pelos Ministros das Finanças e da Defesa, nomeando um grupo de trabalho, coordenado pelo Sr. Carlos Veiga Anjos, para fazer um estudo sobre a empresarialização do Arsenal do Alfeite, com uma duração de 6 meses, prorrogáveis e uma remuneração de 95000 euros.
Se passearmos na praia e demos um pontapé numa pedra, de certeza que encontraremos alguém que estudou, analisou, ponderou ou, apenas, opinou sobre este tema, na última dúzia (ou mais) de anos. Este será mais um (a ir parar a uma gaveta ministerial)! Eu, que apenas prestei serviço no Arsenal durante 5 anos (3 como director técnico e vogal do conselho de administração e 2 como presidente do conselho de administarção) participei ou dirigi três desses estudos.
Desconheço qual a mais valia que tal estudo trará aos anteriores e qual a competência desse senhor para executar tal trabalho. Diz na notícia que foi presidente do conselho de administração da hidroelétrica de Cahora Bassa. Eu nunca me candidataria (por muito mal que estivesse de finanças) a fazer quaisquer estudos sobre a a produção hídrica de energia eléctrica, em geral ou em Cahora Bassa, em partcular. Terá feito derviço militar na Marinha? Será possuidor de uma embarcação de recreio atracada numa marina do Algarve? Terá obtido, recentemente uma das famigeradas licenças de pesca? Ou terá sido funcionário (sem eu saber) do Arsenal. Um há que passou por lá a fazer o serviço militar e suponho que chegou a ministro.
O mais provável é o grupo de trabalho receber o dinheiro (será o Arsenal, ou mesmo a Marinha a pagá-lo?) e por a estrutura do Arsenal a fazer o trabalho (isso já sucedeu no passado, pelo menos uma vez num em que eu colaborei, não fazendo parte do grupo de trabalho, evidentemente).
Uma coisa eu prometo: não irei dizer onde podem ser encontrados os estudos anteriores, para que eles tenham, pelo menos, o trabalho de ir à procura! Mas, se calhar, já alguém disse!
Haja Deus!