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Tal como o Silva Nunes comunicou na onda “MUDANÇA DE BLOGUES”, foi criado um novo blogue, o “Água aberta … no OCeano II” cujo endereço é: http://blogueoc.blogspot.com/.

Este velho “Água aberta … no OCeano” congelou. Será mantido apenas como “arquivo”.

domingo, novembro 26, 2006

Sem título

A discussão sobre as questões "sindicais" dos militares vai animada, fazendo vir à liça camaradas que se tinham mantido em discreto silêncio, o que é bom.
No que respeita aos métodos de luta por direitos ou outros desideratos, é mais do que evidente que cada nova manifestação promovida pelas associações corresponde a um novo trambolhão dos militares na opinião pública, a nova onda de artigos de opinião, onde, a par de justos comentários, se misturam os maiores disparates ditos pelos mais conceituados comentadores da nossa praça.
Subjacente à problemática em causa existe, há anos, um problema de comunicação. Quando pela via institucional não há notícias, para as tropas os chefes não estão a fazer nada. Temos tido exemplos de CEM's que se esforçaram por manter uma informação regular e logo outros que acabaram com ela. Nos tempos que correm, cinquenta anos depois do termo relações públicas ter sido inventado e dos cursos de liderança ensinarem isto, a comunicação não funciona. Para a instituição militar o pessoal da reserva e da reforma não existe. Não só ninguém se lhes dirige, como não há meio instituido para o fazer. Será difícil usar as revistas, os sites dos Ramos, newsletters, cartas, intranet, etc.?
Como sempre, será preciso que cada militar saiba e acredite que o seu chefe está a pugnar pelos seus interesses, que o seu chefe máximo faz o mesmo junto do seu Ministro e, já agora, que o seu Ministro tenha algum pêso no Governo.
Isto é a teoria. Por outro lado é sabido que tem sido extremamente difícil aos CEM, nos últimos anos, tratarem destes assuntos de índole social e estatutária com o governo, devido às peculiares características do poder político, seus agentes e métodos de trabalho.
Resta dizer que existe também falta de comunicação do governo para com a sociedade civil. De facto, esta não sabe nada do que se passa na esfera da defesa e perduram as ideias do passado, mesmo nos cérebros que se queriam mais esclarecidos. Como é que se justifica que depois de terem sido aprovados os conceitos estratégicos, as missões, o dispositivo, a Estrutura de Forças e a lei de Programação Militar, venha um José Miguel Júdice, e outros do mesmo calibre, dizer que é preciso reduzir as F.A., vender património e ser igual à Irlanda? Andam distraídos ou é de propósito?

Comentários:

Em novembro 27, 2006 9:36 da manhã, Blogger Manel escreveu...

Ninguém anda distraído,

A Júdice , quando não era Ninguém , bem lhe soube ser convidado para os debates sobre a imprensa militar.

O PS odeia os militares , desde sempre , e tudo fará para acabar com eles.

Os CEM sempre deixaram que os Ministros da Defesa também o fossem das Forças Armadas , porque é o maior orgasmo que lhes dá.

 
Em novembro 27, 2006 9:57 da manhã, Blogger Temes escreveu...

Que o diálogo com o poder político é difícil, todos nós sabemos. Mas a questão é o apego que os Chefes têm ao poder. Não vi nenhum demitir-se por considerar que o que se segue não é o correcto. E quem cala consente, principalmente perante os seus homens. Para mim, continua o problema em saber se um CEM é o representante do Ramo ou é um representante do poder político junto do Ramo!

 
Em novembro 27, 2006 10:29 da manhã, Blogger J.N.Barbosa escreveu...

Quando a escolha dos CEM passou a ser política a figura do comandante foi por água abaixo. Terão que se esforçar muito para demonstrar que que assim não é.

 
Em novembro 27, 2006 11:40 da manhã, Blogger Jorge Beirão Reis escreveu...

Gostaria de insistir no facto de não sermos funcionários ou assalariados, mas Militares. Suponho que o público desconhece essa peculiaridade e ninguém se esforçou por esclarecer a situação, incluindo muitos militares. Considero também que os cursos de auditores de defesa nacional falharam a missão de esclarecer as elites de tal peculiaridade.

 

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