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segunda-feira, novembro 28, 2005

Marinha




in site do "Portugal Diário" (28Nov2005):

Almirante José Melo Gomes preparado para o desafio

O novo Chefe de Estado-Maior da Armada diz estar consciente do trabalho que o espera ao substituir Vidal Abreu na chefia deste ramo das Forças Armadas

O novo Chefe de Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante José Melo Gomes, disse hoje estar consciente do "desafio" que o aguarda ao substituir Vidal Abreu na chefia deste ramo das Forças Armadas.

"Tenho uma grande honra, sinto uma grande responsabilidade e vou enfrentar este desafio da melhor maneira que posso e sei", disse Melo Gomes, numa curta declaração, depois de o Presidente da República, Jorge Sampaio, lhe ter conferido posse em cerimónia que decorreu no Palácio de Belém.

O sucessor de Vidal Abreu remeteu outras declarações para depois do seu primeiro discurso, ao início da tarde, perante os seus pares.

Na cerimónia de posse estiverem presentes, além de Vidal Abreu e do ministro da Defesa, Luís Amado, diversos ex-chefes da Armada, casos de Vieira Matias ou Fuzeta da Ponte, bem como o antigo Presidente da República Ramalho Eanes e o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.

O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas, Alpedrinha Pires, marcou também presença, tal como o deputado e ex- secretário de Estado da Defesa de Paulo Portas, Henrique Freitas.

O escolhido pelo governo para substituir Vidal Abreu na chefia da Marinha era até agora "número dois" do comando conjunto da Aliança Atlântica (Joint Command Lisbon), em Oeiras, tendo sido promovido a vice-almirante na última reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN), a 03 de Novembro.

O substituto de Vidal Abreu foi sido graduado em vice- almirante para desempenhar as funções de segundo comandante do comando de Oeiras da NATO (a 13 de Abril de 2004), uma exigência do cargo, e será agora automaticamente promovido a almirante de quatro estrelas.

Tendo concluído a Escola Naval em Janeiro de 1969, especializando-se em comunicações, Melo Gomes notabilizou-se recentemente no comando da Força Naval Permanente no Atlântico (STANAVFORLANT), entre Março de 2001 e Abril de 2002.

A STANAVFORLANT foi, sob o seu comando, empregue pela primeira vez ao abrigo do artigo V do Tratado de Washington (que compromete os Estados-membros da NATO a prestar assistência mútua em caso de agressão a um deles), na sequência dos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.

No seu discurso de despedida, na semana passada, o CEMA cessante criticou o poder político pela forma tardia com se decidem pelos sucessores dos actuais chefes militares, um atraso que, considerou, contra a "dignidade do cargo" e compromete as "normais condições de governabilidade" dos ramos.

Na cerimónia, Vidal Abreu lembrou que foi sua a decisão de não permanecer à frente da Marinha e alertou ainda para o futuro da Marinha, que se revela "profundamente difícil e com desafios, como talvez nunca tenha tido nas últimas décadas, em número e em intensidade".

Vidal Abreu lembrou também o pedido que fez a cinco vice- almirantes para que antecipassem a sua passagem à reforma (os cinco eram mais antigos que Melo Gomes).