O Nosso Padre Melo

Partiu hoje , para a casa do Pai , o nosso Capelão, da Escola e da Sagres.
Devemos-lhe bastante , embora sempre com alguma distância , provocada por uma aristocrata timidez de quem vem de longe , e se insere num internato desconhecido e diferente do que havia conhecido outrora.
Mas já na Sagres , mantendo a distancia e deixando sempre a dúvida do que separa um Pároco de um Capelão , sendo ambos Sacerdotes , deu , na sua intelectualidade e cultura , um exemplo do que é poder estar só , e da necessidade do espírito para colmatar a brecha.
Era um Senhor , diria, e a própria hierarquia o reconheceu.
Foi pena o seu afastamento do meio Naval quando lhe calhou a hora , por fim de tempo , de regressar ao rebanho anónimo , que já lhe havia fugido para outras montanhas e outros pastos, e que ele tentou apanhar já com dificuldade de correr.
Conheci-o bem e creio que ele se quedou triste . A solução de continuidade , o multifacetismo , o missionário em terra de fim do mundo , não eram a sua preferencia. Ele gostava mais de ser procurado que procurar , e isso não é nenhum mal.
Rume a sul , capelão , a água e a terra da promissão . E reze por nós , o seu OC
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