Despenalizar a IVG?

A discussão continua. Julgo que todos os argumentos já foram usados tanto pelos partidários do “SIM” como pelos do “NÃO”. Argumentos de ordem ética, social, filosófica, religiosa e jurídica. Argumentos a que seremos mais ou menos sensíveis. Cabe agora a cada um de nós, em consciência e no seu foro íntimo, pesar os prós e os contras e decidir.
Julgo também que estão bem identificados dois grandes consensos na nossa sociedade:
1º - A grande maioria dos portugueses, partidários do “SIM” e do “NÃO”, não concorda com o aborto;
2º - A grande maioria dos portugueses, partidários do “SIM” e do “NÃO”, não concorda com uma punição de prisão para as mulheres que abortam.
Eu não concordo com o aborto, eu não estou de acordo em punir com prisão as mulheres que abortam.
A pergunta em referendo (aprovada na Assembleia da República e Tribunal Constitucional) é se se concorda em despenalizar a IVG. Eu digo “SIM”, mude-se a lei. É a única forma de alterar o actual estado de coisas e tentar combater o flagelo do aborto clandestino e, na prática, liberalizado, não obrigando ninguém a tomar decisões contrárias às suas crenças.