Aviso aos navegantes

Tal como o Silva Nunes comunicou na onda “MUDANÇA DE BLOGUES”, foi criado um novo blogue, o “Água aberta … no OCeano II” cujo endereço é: http://blogueoc.blogspot.com/.

Este velho “Água aberta … no OCeano” congelou. Será mantido apenas como “arquivo”.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Vem aí Dezembro

Décimo segundo mês no calendário gregoriano, era, porém, o décimo no antigo calendário romano de Rómulo, que só tinha dez meses (decembris de decimus mensis).
Era o mês devotado a Saturno.
Último mês do ano, anuncia a chegada do Inverno - para as populações do hemisfério Norte o dia 21 ou 22 de Dezembro é conhecido como o do solstício de Inverno, assistindo-se à noite mais longa do ano, e proporciona uma das festas familiares mais tradicionais entre os cristãos:
O Natal.
O Natal é a cristianização das festividades pagãs dos Romanos por ocasião do Solstício de Inverno.
Eram várias as festas e rituais que nessa altura do ano os Romanos faziam. Destacam-se as Saturnais, entre 17 e 24 de Dezembro, tipicamente romanas (com trocas de prendas e festas alegres), e também as de Mitra, deus persa e "Sol da Virtude" ("nascido" a 25 de Dezembro), estas festas são uma importação dos cultos solares do Médio Oriente, que se difundiu no Império à custa das legiões, que desenvolviam sincretismos religiosos com grande facilidade. No final do mês, ocorriam ainda as festas das Sigilárias - de Sigillaria, as festas das imagens, em que se ofereciam estatuetas como presente e se decoravam as casas com verdes, para além de se darem prendas às crianças e aos pobres. Correspondiam ao fim do ano romano.
Apesar de todas estas festividades pagãs em torno do solstício de Inverno, os cristãos dos primeiros séculos não festejavam ou sequer conheciam o Natal, pois davam maior importância à Páscoa da Ressurreição de Cristo, numa reminiscência do Judaísmo de onde derivava o Cristianismo.
É já em pleno século IV, depois de o Cristianismo deixar de ser perseguido e se impôr como religião maioritária no Império, que os cristãos, sem o temor da intolerância ou da morte na arena, começaram a cristianizar as festas pagãs, entre os quais as de Dezembro.
Num almanaque romano de 336, há já uma alusão a um festejo do nascimento de Cristo por alturas do solstício de Inverno mas foi só em 354 que o papa Libério instituiu a Natividade a 25 de Dezembro, de forma a assimilar as festas pagãs e a cristianizá-las.