Quebra de pactos
A propósito da quebra de pacto referida no Bom dia OC de hoje e só a essa: os políticos têm muita facilidade em percebê-la e portanto em praticá-la.
Já diz Freitas do Amaral, a propósito do nosso 1º rei, que refere ser acusado por alguns de "perfídia", fundamentada numa atitude geral de desrespeito pela palavra dada nas promessas e nos tratados: "A história diplomática dos países ditos civilizados está cheia de promessas não cumpridas e de tratados frequentemente violados - também aqui D. Afonso Henriques não foi o primeiro a prevaricar, nem seria o último. As promessas e os tratados, entre países ou entre fracções em luta, valem apenas enquanto as circunstâncias os mantiverem úteis para ambas as partes, ou até que um interesse vital de qualaquer dos lados se sobreponha às vantagens da manutenção do compromisso assumido: sempre assim foi, sempre assim será."
No mesmo rumo navega Aquilino Ribeiro quanto a D. Afonso Henriques, ao escrever que "O que ele quebrava com certo desembaraço era a palavra política, a de rei, que não a de homem. Há a sua diferença."
E não há o velho ditado árabe que reza: Alá deu ao homem a palavra para esconder o seu pensamento"?
Nota: o "só a essa" da primeira linha, destina-se a afastar de qualquer cabeça criativa, a minha intenção de, por muito ténue que fosse, comparar o nosso 1º rei ao cavalheiro alemão.
Comentários:
Recomendo, a este propósito, a leitura de um pequeno ensaio do Prof. Adriano Moreira, na úçtima pa´gina da Visão de hoje.
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