Bom dia OC!
Como seria de esperar, começo com uma saudação especial para os OCeanos “tripeiros” que, por certo, estão a comemorar o S. João com um “alho porro” na mão, ou então com um barulhento instrumento plástico, seu actual e infeliz substituto.
Dando de algum modo sequência ao que o Nunes da Cruz escreveu dois dias atrás sobre a “Quebra de pactos”, lembro que há 878 anos, no dia 24 de Junho de 1128, D. Afonso Henriques, farto das manobras de sua mãe para ficar na posse definitiva do condado Portucalense e dos seus amores com o Conde de Trava, venceu as forças de D. Teresa na Batalha de S. Mamede.
Embora este episódio histórico seja o acto fundador de Portugal, na pesquisa que fiz na internet sobre documentos que possam servir de referência, poucos encontrei que mereçam ser consultados. Deixo no entanto a ligação para um pequeno artigo publicado na Wikipédia sobre esta batalha e, na falta de melhor, ficam também as ligações para o artigo sobre D. Afonso Henriques no Dicionário Histórico de Portugal e para a transcrição feita pelo Pacheco Pereira, no Abrupto, daquilo que Agustina Bessa-Luís escreveu no seu livro “Fama e Segredo na História de Portugal” sobre as relações entre D. Afonso Henriques e D. Teresa.
Mas como esta primeira página da independência de Portugal merece mais, julgo que o melhor é deixar-vos com Camões:
Dando de algum modo sequência ao que o Nunes da Cruz escreveu dois dias atrás sobre a “Quebra de pactos”, lembro que há 878 anos, no dia 24 de Junho de 1128, D. Afonso Henriques, farto das manobras de sua mãe para ficar na posse definitiva do condado Portucalense e dos seus amores com o Conde de Trava, venceu as forças de D. Teresa na Batalha de S. Mamede.
Embora este episódio histórico seja o acto fundador de Portugal, na pesquisa que fiz na internet sobre documentos que possam servir de referência, poucos encontrei que mereçam ser consultados. Deixo no entanto a ligação para um pequeno artigo publicado na Wikipédia sobre esta batalha e, na falta de melhor, ficam também as ligações para o artigo sobre D. Afonso Henriques no Dicionário Histórico de Portugal e para a transcrição feita pelo Pacheco Pereira, no Abrupto, daquilo que Agustina Bessa-Luís escreveu no seu livro “Fama e Segredo na História de Portugal” sobre as relações entre D. Afonso Henriques e D. Teresa.
Mas como esta primeira página da independência de Portugal merece mais, julgo que o melhor é deixar-vos com Camões:
De Guimarães o campo se tingia
co’o sangue próprio da intestina guerra,
onde a mãe, que tão pouco o parecia,
a seu filho negava o amor e a terra.
Com ele posta em campo já se via;
e não vê a soberba o muito que erra
contra Deus, contra o maternal amor;
mas nela o sensual era maior.
Lusíadas, Canto III – XXXI
Tenham um bom Sábado!
Batalha de S. Mamede, painel de Acácio Nuno
onda do Jota @ 2:03 da manhã comentários = 1 
Comentários:
As opiniões dos historiadores dividem-se quanto ao acto que constituiu a verdadeira independência de Portugal.
Para uns terá sido a Batalha de S. Mamede, em 1128. Mas contra este interpretação dizem outros que ele foi apenas um assunto de carácter interno ao Condado Portucalense, continuando para todos os efeitos a vassalagem ao rei de Leão, Afonso VI avô de Afonso Henriques e depois Afonso VII seu primo.
Para outros, terá sido a batalha de Ourique, em 1139, uma vez que foi a partir daí que Afonso Henriques começou a utilizar nos documentos oficiais o título de rei.
Para outros ainda foi a conferência de Zamora, em Outubro de 1143.
Ainda há outros que dizem ter sido a carta "Claves regni" que AH enviou ao papa em Dezembro de 1143, oferecendo-lhe vassalagem, à qual aquela entidade respondeu em Maio de 1144 com a carta "Devotionem tuam".
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