O dia negro da Viagem
Idem.
Dia 29 de Junho
Ontem foi domingo e como já é tradição nesta viagem, não houve vento.
No quarto do meio dia às 16 00 andámos a longa distância de 3.2 mi.
Ontem pescou-se. Até deu para isso! Não sei que peixes eram aqueles.
Quando já lá podíamos estar, ainda por aqui andamos. Paciência, é preciso é aguentar.
Neste momento são precisamente 13 25. O comandante, de óculos escuros, acaba de nos falar: “A partir daqui é-nos humanamente impossível chegar dentro do controlo e muito menos disputarmos o 1º lugar”.
Todos sentimos o momento.
Disse que ele é que era o responsável por ter escolhido esta rota e agradeceu à guarnição o esforço dispendido.
Ninguém mais do que ele deve ter sentido o fracasso.
É pena, pois é a sua última viagem a bordo da Sagres.
A máquina começou a trabalhar e o pano está a ser carregado.
O azar perseguiu-nos. Paciência, a nossa consciência diz-nos que fizemos o melhor que pudemos e soubemos.
E assim se termina ingloriamente uma regata.
Saber perder também é desportivo. Cumprimos o nosso dever e já não é pouco.
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