HOJE VI O CEMA

èna pá, se isto fosse em outro tempo seria registado em álbum de família.

Mas ia eu, pelas 1030 AM, entrando nos Jerónimos, quando vinha o CEMA saindo, penso que da Biblioteca Central, acompanhado do inefável Leiria Pinto e mais um Almirante da minha terra, que neste momento exacto, e dado o adiantado da hora (e não da cabeça), não recordo a graça.
Mas o CEMA estava excelente, com aquele seu ar de Rodolfo Valentino, bigode vindo de lâmina importada, impecavelmente fardado e com um aspecto jovial e de confiança na Pátria.
Eu gosto do rapaz, sempre gostei, e por isso sou suspeito, mas o Homem dá gabarito à velha Armada, dá boa disposição à Nação caduca, dá garbo à corajosa nau.
Abraçou-me, riu-se, mostrou gosto, amizade, camaradagem, confiança.
Foi alegre, lui même, marimbou-se no quádruplo galão e no oficial às ordens e na comitiva, no público e nos turistas e disse “Áh gande manel !!!!”.
E isto é que é ser CEMA, nos dias de hoje e não andar com ar sorumbático, pensativo, pseudo intelectual, para-estratégico, preocupado com a República, quando já não há naus, nem esquadras, nem as frotas para o poeta cantar, nem para o Ministro mandar.
Ah gande Fernando, pá. Gostei de te ver.