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quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Mona Lisa

Estudo de neurobióloga de Harvard Sorriso da «Mona Lisa» é uma «ilusão» O enigmático sorriso da «Mona Lisa», de Leonardo da Vinci, é «uma ilusão que aparece e desaparece devido ao modo como o olho humano processa as imagens» . A descoberta foi feita pela neurobióloga da Universidade de Harvard Margaret Livingstone, numa comunicação ao Congresso Europeu de Percepção Visual, a decorrer na Corunha, Galiza. Segundo a investigadora, o sorriso pintado por da Vinci desaparece quando se olha directamente para ele e reaparece quando o olhar se fixa noutras partes do quadro. Na perspectiva de Livingstone, o artista criou a ilusão ao usar no século XVI, «intuitivamente», um truque que só agora começa a ter base científica. A teoria da neurobióloga apoia-se no facto do olho humano ter uma visão central muito boa para reconhecer pormenores e outra periférica, muito menos precisa, mas mais adequada para perceber as sombras. «Da Vinci pintou o sorriso da 'Mona Lisa' usando sombras que vemos muito melhor com a nossa visão periférica», afirmou. Por isso, para ver a Gioconda sorrir é preciso olhar para os seus olhos ou para qualquer outra parte do quadro, desde que os lábios fiquem no campo da visão periférica. Depois de publicar a teoria de que a expressão se deve ao acto da visão central ter mais alta resolução do que a periférica, a investigadora estuda agora por que razão tantos génios da pintura tinham algum grau de deficiência visual. A investigadora deu o exemplo de Rembrandt, cujo estrabismo lhe reduzia a capacidade de ver a três dimensões, o que, em sua opinião, foi benéfico, pois «ter fraca percepção da profundidade» pode ser uma vantagem numa profissão em que o objectivo é passar o mundo tridimensional para uma tela plana. Livingstone precisou que o seu trabalho não visa «desmistificar a arte» , mas explicar cientificamente técnicas que os artistas já usam há muito tempo de forma intuitiva. «Os artistas estudam os processos visuais há muito mais tempo do que nós, os neurobiólogos» , admitiu